Robert Lloyd: A Internet das Coisas

   

Talvez um dos temas mais fascinantes de toda a ExpoManagement 2013 foi abordado pelo Presidente de Vendas Mundiais da Cisco, Robert Lloyd: a Internet das Coisas.

A Internet que conhecemos hoje, que conecta basicamente computadores - incluo aí Smartphones, Tablets, Smart Tvs e Smartcameras - e sua influência nas pessoas e nos negócios está prestes a expandir-se para a Internet das Coisas (IoE, Internet of Everything): sensores e micro-equipamentos que conectados à rede passarão a enviar informações preciosas. Muito mais que apenas interconectar alguns equipamentos e pessoas, a IoE vai interligar pessoas, equipamentos, processos, dados e coisas em geral.

Ou seja iremos evoluir as conexões de: 
Pessoa - Pessoa
Pessoa - Máquinas
Pessoa - Máquinas & Coisas
Máquinas & Coisas - Máquinas & Coisas

Lloyd nos lembra que apenas 1% dos equipamentos inteligentes hoje estão conectados, apesar de já termos mais equipamentos conectados que pessoas no mundo.

Imagine um sensor enterrado no solo de uma plantação que transmite medições de temperatura, umidade, níveis de nutrientes no solo, etc. a um computador que analisa os dados e informa ao agricultor exatamente onde o quando ele precisa interferir, com irrigação, adição de adubo ou defensivos agrícolas, inclusive calculando e informando os reflexos da não-ação na possível colheita.

Imagine sensores de presença acoplados aos semáforos inteligentes que de madrugada podem operar em "amarelo piscante" dado o baixo tráfego ou operar normalmente caso um trânsito excepcional ocorra no meio da noite.

Isso é a Internet das Coisas. A nanoeletrônica já é capaz de implantar nanossensores e transmissores que avisam centrais de gerenciamento de cidades, que com sensores interconectando a rede de iluminação, água e esgoto, gás, captação de energia solar, transporte público permite ao governo municipal, gerir em tempo real a cidade: são as tais Cidades Inteligentes.

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A cidade referência como SmartCity é Song-do na Coréia do Sul, concebida desde a origem como Cidade Inteligente-modelo para o futuro das cidades.

Segundo Lloyd, a Cisco já está trabalhando com o município do Rio de Janeiro, exatamente para transforma-la em piloto de Cidade Inteligente para os eventos de 2014 e 2016.

Excelentes oportunidades de negócios, em primeiro lugar, para quem fornece esses sensores, redes de transmissão, computadores para processamento, memória de processamento e armazenamento de dados e softwares e plataformas de gestão e análise desses dados. Oportunidades também para quem primeiro adotar essa tecnologia para otimizar seus próprios negócios.

Hoje 30% da água é perdida a caminho de ser consumida. 40% dos alimentos também. Imensa oportunidade de reverter essas perdas se pudermos monitorar eficientemente esse caminho até o consumo. A IoE pode ajudar e muito nisso.

Com a Internet das Coisas, plataformas serão inclusive capazes de tomar decisões (se programadas para tal) sem necessidade de interação humana. Os desafios não são pequenos, já que mais de 300 protocolos de conexão de equipamentos existentes hoje, precisam ser convertidos ao protocolo de internet, o famoso IP.

Um excelente exemplo são os Sistemas e Equipamentos Hospitalares. Extremamente complexos e sem padrões únicos. Uma vez padronizados podem agilizar o campo da Saúde exponencialmente.

Igualmente a Tecnologia de Vestir (Wearable Techniology) permitirá que roupas, calçados e acessórios ajudem a monitorar nossos sinais vitais e prevenir problemas e acidentes de saúde com a Internet das Coisas.

O valor de uma Rede é diretamente proporcional à quantidade de Conexões que ela tem.

A Internet teve e tem uma colaboração essencial para o mundo e negócios modernos. Porém a Internet das Coisas trará benefícios e oportunidades inigualáveis e será um divisor de águas até mais marcante que a internet de hoje.

O que conhecemos como TI irá convergir com outras tecnologias e equipamentos para a Internet das Coisas.

Evidentemente que a Internet das Coisas vai gerar uma quantidade inimaginável de dados, e isso é tema de outra palestra da ExpoManagement 2013: Big Data.

Confira a cobertura das demais palestras da ExpoManagement aqui.

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