A Arte da Competição: Sun Tzu com Michael Porter

   

Michael Porter e Sun Tzu são autores bem conhecidos no mundo dos negócios.

O professor Porter de Harvard, ficou famoso por suas obras sobre Competitividade e sua Teoria das 5 Forças.
O mestre Sun, enigmático autor de 'A Arte da Guerra', escrito há 2.500 anos, ganhou notoriedade no ocidente nas últimas décadas pelas diversas interpretações e adaptações para a estratégia dos negócios, esportes e negociações.

O objetivo desse texto é tentar fazer um 'mesh', concatenar alguns conceitos desses dois pensadores.

A essência da Teoria das 5 Forças de Porter está em analisar e comparar o nível de competitividade da empresa frente a cinco entidades, cinco forças: concorrentes diretos, clientes, fornecedores, complementares e substitutos (Para mais detalhes, sugiro consultar o post específico). Toda vez que uma empresa ignora seu poder (ou fraqueza) contra essas 5 forças, acaba envolvendo-se em um ambiente de competitividade que vai drenar seus recursos, baixando ou aniquilando sua lucratividade.

Pois bem. O terceiro dos 13 capítulos de 'A Arte da Guerra', chega ao final com a seguinte afirmação: 

"Se conhecemos o inimigo como a nós mesmos, não precisamos temer o resultado de cem batalhas. Se conhecemos apenas nós mesmos mas não ao inimigo, para cada vitória sofreremos uma derrota. Mas se não nos conhecemos nem ao inimigo, sucumbiremos em todas as batalhas."

Suponho que se imaginássemos Porter sentado com Sun para redigir a 4 mãos essa lição, teríamos algo como:

A Empresa que conhece tanto a si mesma quanto as 5 forças de competição, sabe como chegar ao sucesso nesse cenário. A Empresa que apenas conhece a si mesma, mas não o ambiente competitivo, tem tanta chance de sucesso quanto fracasso. A vitória só pode vir pelo acaso. Age no risco. Agora se a Empresa não conhece a si mesma, nem a competitividade no mercado, não tem a mínima chance de sucesso.

Escrito assim é fácil, parece até obvio. No entanto, a tônica é que na prática o que mais as empresas fazem é ignorar o ambiente de competitividade, ou se não ignoram, não acompanham as mudanças nem fazem a análise com a devida frequência. Acabam não percebendo as mudanças no balanço das forças que a levam a perder lucratividade.

Portanto analisar as 5 Forças é um exercício que deve ser repetido com intervalos regulares. Evidentemente que esse intervalo depende de mercado em mercado, setor em setor. Mas não pode ser feito apenas uma vez e pronto. 

Afinal, o 'campo de batalha' sempre se altera.

:)
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