ExpoManagement: Clientes Previsivelmente Irracionais - Dan Ariely

   
(foto: HSM)

O psicólogo israelense Dan Ariely fechou o ExpoManagement 2012 com uma surpreendente palestra sobre "Clientes Previsivelmente Irracionais", resultado de anos de estudos seus sobre a psicologia comportamental, principalmente no que se refere a compras.
Sua explanação baseou-se em seus estudos descritos em seu principal livro "Previsivelmente Irracional" (2008) e no mais recente "Desonestidade" (2012).

Ariely explorou inúmeros exemplos em que nós nos comportamos de forma irracional frente a desafios lógicos, muitos deles de compras, influenciados pela realidade externa e pela nossa tendência natural de compararmos tudo.

Ele ressaltou casos em que, justamente por compararmos, acabamos caindo em iscas ou armadilhas de vendas. Confira esses exemplos na resenha.

Recentemente, Dan Ariely lançou outro livro correlato - A mais pura Verdade sobre a Desonestidade. Vale conferir.

Acompanhe a cobertura das demais palestras da ExpoManagement 2012 aqui.
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ExpoManagement: Know-how no Século XXI - Ram Charan

   
(foto: HSM)

Bom. Ram Charan não dá palestra, dá aula!

E no último dia do ExpoManagement 2012, não foi diferente. O Prof. Charan começou com seu tradicional "Are you ready?" com seu conhecido sotaque indiano. 
Foi ao tablado, rabiscou meia dúzia de palavras manuscritas e projetadas com um foto-projetor e desceu para dar sua aula como de costume, navegando pelos corredores lotados da platéia, distribuindo sua sabedoria e fazendo perguntas.

Seu tema: Know-how, habilidades dos Líderes que entregam Resultado.

Ram Charan começou falando que Líderes de resultado adoram Mudanças. Eles percebem mudanças, eles geram mudanças. E enumerou as 10 habilidades/práticas dos  Líderes que geram resultado, segundo ele:

1. Ame, aprenda e busque Mudanças
2. Sincronize-se com a velocidade das mudanças 
    (Speed is the name of the game)
3. Reposicione o seu negócio em face às mudanças externas
4. Tenha coragem de buscar e coragem de empreender a mudanças
5. Inspire as pessoas
6. Torne tangíveis as visões e tenha pessoas capazes de traduzir a Visão em Ações
7. Entenda as Conexões: ações econômicas em um País podem afetar os outros
8. Pratique a 'Análise de 50mil Km para 500 Km': "Aterrize" os conceitos e problemas
9. Tenha curiosidade incessante (Jack Welsch: -What's news?)
10. Mude seus Negócios de acordo com as mudanças mundiais

E como sempre, o prof. Charan deu inúmeros exemplos práticos e simples do dia-a-dia de como esses princípios foram aplicados por empresas e líderes de sucesso.


Também deu o seu costumeiro recado para o Brasil. O País tem uma excelente oportunidade de achar seu lugar de destaque no cenário da economia mundial, tem recursos, tempo, mas falta ao governo e iniciativa privada agirem: Liderança e Execução Disciplinada.

Para saber mais sobre o livro Execução do Prof. Ram Charan, veja a resenha.

Acompanhe a cobertura das demais palestras da ExpoManagement 2012 aqui.
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800-CEO-read: Os Melhores Livros de Negócios 2012


    


Saiu o resultado do '800-CEO-read Business Books Award 2012', prêmio oferecido pelo site especializado em livros de negócios desde 2007 às melhores publicações do ano, divididos em 8 categorias. Veja os ganhadores de 2012:
(títulos entre parêntesis quando disponíveis no Brasil)

Negócios em GeralPrivate Empire - Steve Coll

LiderançaThe Commitment Engine - John Jantsch

GestãoThe Advantage (A Maior de todas as Vantagens) - Patrick Lencioni

Inovação & CriatividadeThe Icarus Deception (A Ilusão de Ícaro) - Seth Godin

PME & EmpreendedorismoThe $100 Startup (A Startup de $100) - Chris Guillebeau

Vendas & MarketingTo Sell is Human 
                                     (Saber Vender é da Natureza Humana) - Daniel Pink

Desenvolvimento PessoalSo Good They can't Ignore You - Cal Newport

Economia & FinançasFinance & the Good Society 
                                       (Finanças para uma Boa Sociedade) - Robert Shiller

E dentre eles, foi escolhido como Livro do Ano
The Advantage (A Maior de todas as Vantagens) - Patrick Lencioni


Olhando o short list de finalistas do site, identifiquei alguns que também sugiro a leitura:
.The Honest Truth about Dishonesty (Desonestidade) - Dan Ariely
.20% Doctrine (A Doutrina dos 20%) - Ryan Tate
.Situations Matter (O Poder das Circunstâncias) - Sam Sommers

Alguns já estão na mira para virar resenhas aqui. Aguardem!
Confira no original do site (em inglês).
Confira também os ganhadores de: 2011 e 2010 (com links para as resenhas!)
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ExpoManagement: A Revolução Wiki - Don Tapscott

   
(foto: HSM)

O pesquisador canadense Don "Wiki" Tapscott, abriu o último dia de ExpoManagement 2012 falando da "Revolução Wiki e a Colaboração Universal".

Autor de "Wikinimics", "Macrowikinomics" e "Geração Digital", Don Tapscott é autoridade mundial quando o assunto é Colaboração ("wikis").

Ele começou sua apresentação pedindo para que ninguém desligasse seus celulares e tablets, mas os deixassem em modo silencioso e que as pessoas na audiência começassem a tweetar, postar, comentar nas Redes Sociais o que estavam fazendo e aprendendo naquela palestra. Moderno, hein!

Ele iniciou sua exposição dizendo que a maioria dos livros de negócios e economia tratam de como 'salvar o capitalismo', quando na verdade segundo ele, as recentes mudanças vividas pela Humanidade não são cíclicas, mas seculares. Tapscott nos lembra que são 3 as  Eras da Evolução Humana, divididas e impulsionadas por grandes invenções na forma de nos comunicarmos:

1. Era Agrária
< Prensa Móvel >
2. Era Industrial
< Internet >
3. Era da Inteligência em Rede

E que a sociedade em que vivemos hoje, da Inteligência em Rede, tem 16 de suas principais Instituições em mudanças radicais, em reboot conforme mencionou Don:

1. Corporações da Era Industrial
2. Sistema Financeiro
3. Imprensa
4. Nação-Estado (e a resolução de problemas em escala global)
5. Universidades e Escolas
6. Governo
7. Democracia
8. Trabalho
9. Mídia e Entretenimento
10. Ciência
11. Saúde
12. Matriz Energética
13. Transportes
14. Justiça Social
15. Cidades 
16. Legislação

Todas essas Instituições, segundo Tapscott, estavam ajustadas para a Sociedade Industrial, que está dando lugar à Sociedade da Inteligência em Rede, que tem valores e paradigmas bem distintos. Em um par de décadas, todas essas Instituições já estarão 100% alinhadas com a nova realidade e da mesma forma que na mudança da Era Agrária para a Industrial, quem não se adaptou foi superado, quem não se adaptar ficará  relevado à insignificância.

E isso tudo foi viabilizado pelo maior conector de pessoas da Humanidade até aqui: a Internet. A Internet virou um computador que todos programam. A Humanidade está, em conjunto, construindo uma 'máquina' colaborativa. E isso ficará ainda mais fácil e acelerado quando os jovens Nativos Digitais começarem a tomar o poder das decisões, substituindo a geração anterior, os Imigrantes Digitais.

Tapscott chama os Nativos Digitais, ou Geração Y de Geração Net (Net generation).
E o cérebro da Geração Net está se desenvolvendo de uma forma diferente das gerações anteriores, expostos a uma quantidade incrivelmente maior de informação e conhecimento, e como o cérebro humano tem capacidade de aprendizado e armazenagem maior quando somos mais jovens, certamente essa geração será a mais inteligente que a Humanidade já teve.

A forma de se comunicar já começa a demonstrar isso. Email, por exemplo, virou forma trans-geracional para a Geração Net. Eles só usam para falar com os mais velhos, porque entre eles, as redes sociais dominam a forma principal de comunicação. 

Os 8 Valores e Normas que norteiam a Geração Net, são:
1. Liberdade
2. Customização
3. Inquirição
4. Integridade
5. Colaboração
6. Entretenimento
7. Rapidez
8. Inovação

Essa geração quer customizar tudo e vai fazer a Mídia Social chegar à Produção Social. E os resultados da Primavera Árabe, por exemplo, mostram o quanto essa geração é capaz de fazer usando a colaboração como plataforma, mesmo quando o acesso a essa plataforma é dificultado.
Além disso, a Internet permitiu que se baixasse o custo de inúmeras transações, dando mais alcance aos pequenos empreendedores. A própria gestão do conhecimento e talentos nas empresas passa por mudanças. Cada vez mais, vamos do Talent Inside para o Talent Outside, quando empresas buscam fora delas talentos e capacidades para colaborarem em projetos seus, ainda que temporariamente. Inúmeros são os casos de colaboração que geram riqueza. 

Segundo Tapscott, 5 Princípios irão gerar Inovação, Riqueza e Sustentabilidade na Era da Inteligência em Rede:
1. Colaboração
2. Abertura (Transparência)
3. Compartilhamento
4. Interdependência
5. Integridade

Tapscott citou inúmeros casos em que esses princípios estão gerando riqueza, como o do  milionário da mineração que disponibilizou uma plataforma na web que permite que qualquer pessoa que tenha dados e evidências de presença de minério valioso possa alimentar o sistema de pesquisa da companhia, de forma que, se a mineradora vier a explorar o veio, a pessoa que colaborou é recompensada financeiramente. O custo de pesquisa por novas jazidas foi consistentemente baixado pela mineradora e para as pessoas que colaboram, as recompensas são extremamente atraentes. 

Os Modelos de Negócio também estão sendo afetados e novos modos estão surgindo:

1. Pioneiros do Peering - como o Kiva.org ou kickstarter.com,  plataformas de funding em que os participantes podem disponibilizar dinheiro em pequenas quantias cada emprestador, a ser emprestado ou doado a empreendedores tomadores de investimento. 
2. Ágora de Ideias - plataformas em que ideias e projetos são disponibilizados para empresas que queiram comprá-las ou financiá-las, como inno-360.com, chaordix.com, quora.com, crowdspring.com, topcoder.com, github.com, entre outras.
3. Prossumidores - quando consumidores são envolvidos no desenvolvimento de produtos, serviços ou mesmo na decisão de comunicação dos mesmos. Um dos exemplos que Tapscott deu foi de uma campanha de Doritos nos EUA, em que os consumidores ajudaram a votar nos comerciais de Tv que mais gostaram e se identificaram, antes de a campanha ir para o ar. Outros exemplos são: threadless.com (como a nossa camiseteria.com.br) e makerbot.com
4. Novos Alexandrinos - plataformas de pesquisa e coleta de informação científica, em que muito do trabalho braçal é aberto para que colaboradores voluntários contribuam, economizando tempo e recursos financeiros. wikipedia.org, linux, zooniverse.org são exemplos já bem conhecidos.
5. Plataformas de Participação - como o A9.com, ferramenta de busca na web, gerenciado pelo Amazon.
6. Chão de Fábrica Global - plataforma que permite qualquer empresa que não queira ter o trabalho de produção de seu produto, terceirizar essa tarefa usando um grupo de fábricas participantes, como o local-motors.com.
7. Local de Trabalho Wiki, Colaborativo - plataformas de sistemas de TI que podem ser pagas conforme o uso, como moxiesoft.com e google.com.br/a.

Tapscott nos lembra que mudanças de paradigma implicam sempre em problemas, conflitos, incerteza e confusão. A tendência é recebermos essas mudanças com ceticismo, humor, desdém ou até hostilidade. Os donos do status quo, normalmente lutam contra, para defender seu poder e seus interesses, sendo os últimos a aceitar, isso se aceitarem as mudanças. Mas é fato que o mundo Colaborativo já está ai. Cabe a nós refletirmos e aceitarmos. Ou não! Mas que ele está aí, está.

Saiba mais sobre Don Tapscott em seu site ou pelo Twitter.


Acompanhe a cobertura das demais palestras da ExpoManagement 2012 aqui.
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FastCompany: Os Melhores Livros de Negócios 2012

   
Recentemente, a Fast Company publicou sua lista de Melhores Livros de Negócios de 2012 (entre parêntesis os títulos da edição brasileira, quando disponível):

. Quiet (O Poder dos Quietos) - Susan Cain
. How will you Measure your Life? (Como Avaliar sua Vida?) - Clayton Christensen
. Extreme Productivity (Alta Produtividade) - Rober Pozen
. The Signal and the Noise (O Sinal e o Ruido)- Nate Silver
. Daring Greatly - Brené Brown
. The Power of Habit (O Poder do Hábito) - Charles Duhigg
. Renegates Write the Rules - Amy Jo Martin
. Heart, Smarts, Guts and Luck - Anthony Tjan, Richard Harrington & Tsun-yan Hsieh
. The Click Moment - Frans Johansson
. Wait (Como fazer a Escolha Certa na Hora Certa) - Frank Partnoy
. The Leadership Challenge (O Desafio da Liderança) - James Kouzes & Barry Posner
. 11 Rules for Creating Value in the #SocialEra - Nilofer Merchant


Fonte: 800CEOread

Alguns deles já candidatos a virar resenha aqui no blog...

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ExpoManagement: Relações Sustentáveis entre Pessoas e Marcas - Fred Gelli

   
(foto: HSM)

O designer brasileiro Fred Gelli fechou o segundo dia de Expomanagement 2012 falando sobre 'Como criar Relações Sustentáveis entre Pessoas e Marcas'.

Fred buscou em toda sua explanação fazer paralelos entre o design da Natureza e o design das Marcas, reforçando que a Natureza é fonte de inspiração para novos negócios. Gelli lembrou-nos o quanto a seleção natural nos Negócios é impiedosa, mas diferente do mundo dos negócios, a Natureza é cíclica e eficiente, não tolera desperdício. Diferente do Homem e o mundo dos Negócios, já que o Homem é linear e desperdiçador. Na história do Universo, somos uma espécie muito recente, muito jovem, porém altamente letal para as demais espécies: se continuarmos a consumir no ritmo de hoje, serão necessárias em algumas décadas 3,5 planetas Terra para suprir-nos.

Gelli lembrou de seus primeiros anos de formação dizendo que o designer não sabe nada a fundo - e nem deve - mas deve conhecer quem saiba e saber "juntar as coisas".

Pois bem. Fred Gelli reforçou os argumentos de Michael Porter e Stuart Hart sobre a solução para a Sustentabilidade vir justamente das necessidades e da base da pirâmide, mas que as Empresas apenas criarem Deptos e Programas de Sustentabilidade não resolve nada. O que as Empresas precisam fazer é realinharem suas Missões, Visões e Valores para Causas Ambientais e Sociais, e portanto suas Marcas também precisam representar essas causas, o que ele chama de 'Marca Viva'.

Segundo Gelli, essa transformação segue um ciclo:
. Tripple Bottom Line -> DNA da Empresa -> Causa -> Marca Integral -> Marca Viva


Um bom exemplo que ele citou foi da Coca-cola e o programa Colalife na África.
Kit Yamoyo
A empresa aproveita seu excelente canal logístico para distribuir soro para combater desidratação na África. E a solução é super simples: as embalagens plásticas foram desenvolvidas de modo que seu design as faz encaixar perfeitamente entre as garrafas de Coca-cola no engradado. Ou seja, nenhum custo logístico adicional é necessário, e portanto para todo ponto alcançado por uma Coca-cola pode e é alcançado pela distribuição de soro anti-desidratação. A mesma solução pode ser usada para remédios, etc

O vídeo abaixo ajuda explicar o conceito do design 'AidPod':


Saiba mais sobre Fred Gelli no site de sua agência, a Tátil.

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S+B: Os Melhores Livros de Negócios 2012

    

O site S+B (Strategy + Business) divulgou recentemente sua lista de Melhores Livros de Negócios de 2012, divididos em 7 categorias:

BiografiaEisenhower, in War and Peace - Jean Edward Smith
EstratégiaThe New Emerging Market Multinationals 
                                          - Amitava Chattopadhyay & Rajeev Batra
MarketingGrow - Jim Stengel
InovaçãoCloud Surfing - Thomas Koulopoulos
SaúdeHealthcare Beyond Reform - Joe Flower
CulturaProductive Workplace - Marvin Weisbord
CapitalismoThe Righteous Mind - Jonathan Haidt

Fonte (informações): 800CEOread

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ExpoManagement: Estratégia Dual - Derek Abell

    
(foto: HSM)

O experiente prof. Derek Abell abordou o tema Gerenciando o Dilema do Resultado de Curto e Longo Prazo no 2o. dia de ExpoManagement 2012.

Sabemos o quanto os altos-executivos nas empresas são pressionados por resultados de curto prazo ao mesmo tempo em que são compelidos a inovar, planejar a longo prazo. E com a velocidade das mudanças aumentando tanto nas últimas décadas, "mudar, mudou", essa tensão fica cada vez mais difícil de se gerenciar.

Pois bem, Derek Abell defende que tendemos a recompensar o que conseguimos medir. Daí o foco tão desbalanceado nos bônus de curto prazo. Grandes são as forças que pressionam as metas de curto prazo, no entanto é justamente a Estratégia de Longo Prazo que consegue dar a direção. No mercado Financeiro a pressão é por minimizar o risco e os retornos mais imediatos.

A questão central de Abell é: 
"Quanto tempo você gasta gerenciando o Hoje para Hoje e quanto, o Hoje para Amanhã?"

Segundo ele, no final o 'Hoje para Hoje' é uma questão de Gestão.
Já o 'Hoje para Amanhã' é uma questão de Liderança.
É também a principal diferença entre COOs e CEOs. 
O COO está focando na operação do dia-a-dia, na Gestão. O CEO, na visão do futuro, onde se quer chegar.
Toda empresa precisa dos dois executivos e das duas Estratégias trabalhando em paralelo, presente e futuro: A Estratégia Dual.

Se "Investimento e Inovação empurram o Negócio, a Visão de longo prazo, puxa".
Derek Abell nos lembra da máxima de John Kotter

"Muitas empresas são super gerenciadas, mas poucas, lideradas".

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Amazon: Os Melhores Livros de Negócios 2012

   
Recentemente, o Amazon divulgou sua lista de 10 Melhores Livros de Negócios de 2012 (entre parêntesis, os títulos das edições brasileiras quando disponíveis):

. The Power of Habit (Poder do Hábito) - Charles Duhigg
. Antifragile - Nassim Taleb
. The Advantage (A Maior de Todas as Vantagens) - Patrick Lencioni
. Private Empire - Steve Coll
. Startup Communities - Brad Feld
. How Much is Enough - Robert & Edward Skidelsky
. Reverse Innovation 
   (Inovação Reversa) - Vijay Govindarajan, Chris Trimble & Indra Nooyi
. The Launch Pad - Randhall Stross
. The Strategy - Max McKeown
. The End of Money - David Wolman

Fonte (imagens & informações): 800CEOread

Alguns deles já candidatos a virar resenha aqui no blog...
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ExpoManagement: Cultura de Inovação - Ken Robinson

    
(foto: HSM)

Sir Ken Robinson falou na ExpoManagement 2012 sobre como Liderar uma Cultura de Inovação. 

Ele começou fazendo um jabá de seu livro "Libertando o Poder Criativo" (2001) usando o bom humor britânico (british wit), citando que recentemente ao revisar seu livro original para que fosse feita uma tradução para uma outra língua ele se deu conta que o livro estava muito desatualizado, então resolveu reescrevê-lo, ampliando exemplos, casos e abordagens. Ou seja, mesmo quem já leu o original, ele sugere comprar uma nova edição (2011). Gozador, ainda mais que a edição 2011 no Brasil sai pela editora da HSM, organizadora do ExpoManagement. 


O conceito central de Robinson é que todos nascemos igualmente criativos.

No entanto, em nossa educação e experiências de vida, essa criatividade encontra ou não oportunidade de aflorar e ainda mais, ser aproveitada. As pessoas tem talentos excepcionais em sua maioria desconhecidos.  A diversidade de talento é a maior característica humana. Tentamos minimizá-la com nossa educação niveladora. Infelizmente a Sociedade Pós-industrial afetou o modelo educacional de uma forma que quase matou a criatividade natural de cada um. A Industria necessitava (necessita!?) de operários-padrão, autômatos executores padrão, que não precisam criar nada, apenas executar com perfeição algo já criado, planejado por outros. Portanto as escolas se adaptaram a esse paradigma de formar alunos-padrão, repetidores de textos e operações, em que o objetivo máximo é chegar a uma nota média, de performance mínima, independentemente de qual sua real vocação criativa natural.

Pois bem, o problema é que o mundo já mudou. O nível de tecnologia já faz com que esses movimentos padrão da industria sejam possíveis de serem executados por não-humanos. E pior, a competitividade e necessidade de inovação, exige justamente o tipo de ser humano que a Sociedade Pós-industrial quase matou: o homem criativo.

Interessante que Robinson ressalta que todos os problemas atuais da humanidade são consequências de soluções para outros problemas que a humanidade tentou resolver.

Lembremos que todos nascemos criativos. Apenas precisamos achar o caminho para exercitar e externar essa criatividade. E a oportunidade está de novo aí. A Sociedade Pós-informação busca exatamente soluções de profissionais capazes de ser criativos.

Hoje sabemos que nossos sentidos são 9 e não apenas 5 como por muito tempo se pensou:
Visão, Audição, Tato, Olfato e Paladar
+
Equilíbrio, Medo, Orientação (localização) e Imaginação

As crianças acreditam e confiam em sua imaginação. Os adultos aprenderam a perder isso com a educação. Todos temos uma enorme capacidade criativa. Nem todos a desenvolveram.

Para inovar, as Empresas precisam sistematicamente semear uma cultura de criatividade. Não deve haver "departamentos" de criação, a criatividade deve ser disseminada como um Valor nas empresas. Criatividade não é limitada às Artes.

As ideias sobre Criatividade de Ken Robinson tem muita aderência com os conceitos de Dan Pink sobre Motivação Intrínseca e de Gary Hamel sobre novos paradigmas de Administração.

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ExpoManagement: A Ciência no Novo Brasil - Miguel Nicolelis

    
(foto: HSM)

O prof. Miguel Nicolelis, famoso neurofisiologista brasileiro, contou na ExpoManagement 2012, um pouco de suas experiências em sua especialidade, principalmente no esforço em fazer paraplégicos poderem voltar a andar.

Segundo Nicolelis, a grande fronteira atual da humanidade está no cérebro humano. Estudando o funcionamento do nosso cérebro, Nicolelis e seus colegas de pesquisa da Duke University, descobriram que se conectarmos nosso cérebro diretamente a máquinas especialmente construídas para essa finalidade, é possível "compensar" deficiências físicas adquiridas, como perda de movimentos e tato. Isso porque quando as terminações nervosas de nosso cérebro não foram afetadas, ele continua com a habilidade de comandar movimentos, sentir e perceber. Usando primatas em experimentos, eles já foram capazes de fazê-los comandar apenas com o cérebro, movimentos de braços mecânicos, inclusive com respostas táteis. Ou seja, mesmo sem usar seus braços naturais, conectados a braços mecânicos, os macacos foram capazes de "sentir" tato e comandar esses braços mecânicos a realizarem ações como se fossem seus braços naturais usando apenas decisões do cérebro.

O atual conceito de eletrônica de MMI (Man-to-Machine Interface), Interface Homem-máquina, evolui para o BMI (Brain-to-Machine Interface), Interface Cérebro-máquina. Ou seja teremos em um futuro de médio prazo, máquinas comandadas por nossos pensamentos (medo!).

Do ponto de vista prático, isso significa que no futuro, pessoas que sofrerem lesões inabilitantes, amputações, etc, desde que equipadas adequadamente, poderão voltar a sentir tato e comandar braços e pernas mecânicas apenas com o cérebro, quase como pessoas sem deficiência alguma.



Nicolelis também colabora em um projeto chamado WalkAgain que objetiva exatamente fazer humanos deficientes voltarem a andar. Um dos objetivos é no jogo de abertura da Copa de 2014, o pontapé inicial ser dado justamente por um jovem paraplégico brasileiro vestindo um exoesqueleto inteligente ligado diretamente a seu cérebro. Genial hein!



Saiba mais sobre os trabalhos de Nicolelis no site do projeto WalkAgain ou pelo twitter.


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ExpoManagement: A Grande Virada - Howard Schultz

    
(foto: HSM)

Howard Schultz, CEO da Starbucks, acabou impedido de comparecer a ExpoManagement por complicações familiares com a passagem do furação Sandy, mas gravou uma video-palestra-entrevista com a coautora de seu livro "Em Frente!" (2011), Joanne Gordon, com exclusividade para o evento, falando de sua experiência a frente da empresa na crise mundial de 2008 e do desafio de tornar sua empresa Global.

O principal paradigma a ser mudado nas empresas, segundo Schultz, é mudar da geração de valor para os Acionistas para gerar valor para a Sociedade como primeira prioridade.

A Starbucks foi nos EUA, uma das primeiras empresas a oferecer seguro de saúde como benefício a seus colaboradores. Schultz também organizou em um momento de crise uma reunião com mais de 10 mil colaboradores em New Orleans, pouco tempo após o Katrina. Com isso, além de passar sua mensagem a seus colaboradores das mudanças necessárias, pode dar-lhes a oportunidade de ajudar pessoalmente na reconstrução da cidade e o dinheiro gasto na organização do evento daquela magnitude em muito ajudou a reconstrução da indústria turística e de eventos da cidade, além de companhias aéreas. Sem dúvida foi um movimento audacioso e até mal visto pelos acionistas de início, dados seus custos. No entanto, o objetivo de mobilizar a empresa funcionou. Seus colaboradores puderam entender que a prioridade de qualquer empresa, primeiro é gerar valor Social, depois para seus Acionistas como consequência. Um conceito similar de foco, temos na indiana HCLT.

Schultz também falou dos desafios de internacionalizar sua empresa e a experiência Starbucks de tomar café. Imaginem os desafios de fazê-lo na Ásia, onde a tradição é do chá e não do café, e não obstante a Starbucks não só obteve sucesso, como fomentou diversos copiadores por lá da ideia de lojas de experiência ao tomar café.

Interessante abordagem.

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ExpoManagement: Novo Capitalismo - Michael Porter

    
(foto: HSM)

O prof. Michael Porter é outro que dispensa apresentações. O "pai da Competição" falou na ExpoManagement 2012 sobre um novo conceito-chave seu, para a Sustentabilidade: a Criação Compartilhada de Valor, talvez o mais importante em todo o evento.

Porter defendeu que a inovação estratégica passará a vir dos Problemas Sociais, que não faz mais sentido encarar os problemas Sociais e Ambientais desassociados da geração de Riqueza e dos Negócios, portanto. Muito mais que simplesmente as empresas se preocuparem com o Tripple Bottom Line, precisam incluir a Base da Pirâmide Social na criação de valor. Ele nos lembra que apenas as Empresas podem gerar riqueza. Governos e ONGs podem sim, gerir riqueza, mas gerar não. Gerar é com as Empresas:

"O Capitalismo é mágica: cria valor, cria riqueza".

Porém as Empresas não tem se envolvido o suficiente na solução de problemas sociais e pior, tem sido erroneamente vistas como a causa desses problemas. Recentemente as ONGs viraram os "bonzinhos" e as Empresas os "maus". Hoje sabemos que não é bem assim.

Na visão tradicional, o papel das Empresas era maximizar o valor para seu acionistas - quem já não estudou isso na faculdade? - mas aos poucos, com o aumento dos problemas Sociais, a Filantropia ganhou espaço. Mas na verdade não resolveu nada. O modelo Filantrópico segundo Porter é positivo, mas não resolve por não ter o impacto social suficiente. Na sequência veio o modelo de Responsabilidade Social Corporativa, que também não teve sucesso, pois a Base da Pirâmide entra no lado errado da equação: não é para ela que deve se gerar valor, e sim COM ela. Sutil diferença que se torna nítida somente agora. 

O foco não deve ser criar produtos e serviços mais baratos para a Base da Pirâmide social consumir e sim, inclui-la na criação de valor que permita que o status quo social da Base possa ser alterado, mudar vidas. Não se trata de vender barato aos pobres, mas de gerar riqueza COM eles, em que ambos parceiros - pobres e empresa - ganhem.

Novos Produtos e Serviços devem endereçar Necessidades Sociais (e Ambientais) e não apenas de Consumo. A Cemex, citou Porter por exemplo, mais que vender cimento mais barato, pesquisa como construir moradias mais baratas e eficientes.

Um Novo Capitalismo vem surgindo:

Modelo do Valor para os Acionistas -> Modelo Filantrópico -> Modelo de Responsabilidade Social Corporativa -> Modelo de Criação Compartilhada de Valor

As oportunidades de Criação Compartilhada de Valor, segundo Michael Porter, estão principalmente nos setores de Energia, Compras, Logística e Canais, pois envolve 3 escopos do modelo de negócio:

1. Produto - Consumidores
2. Cadeia de Suprimento
3. Comunidades Envolvidas (consumidores, fornecedores, colaboradores, localidades afetadas)

Um novo posicionamento deve ser buscado pelas empresas em seus negócios, como exemplo:
. Alimentos -> Nutrição
. Calçados -> Saúde e Bem-estar

Governos e ONGs são essenciais para parcerias, mas sozinhos não são capazes de resolver pois não conseguem gerar Riqueza. As Empresas são as únicas instituições na malha social capazes de gerar Riqueza Social, mas não através de Filantropia e meras Ações de Responsabilidade social, e sim pela Criação Compartilhada de Valor.

Esse é o Novo Capitalismo de Michael Porter, que migra da maximização do Valor aos Acionistas, para a Criação Compartilhada de Valor.

Muito interessante o conceito. Nítida a oportunidade para os Países Emergentes nesse Novo Capitalismo.


Para saber mais sobre Michael Porter e suas ideias:
. Competição (resenha)
. As 5 Forças
. As 7 Surpresas para os Novos CEOs


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ExpoManagement: Estratégias Sustentáveis - Stuart Hart

   
(foto: HSM)

O prof. Stuart Hart da Cornell University, abriu o segundo dia de ExpoManagement 2012 falando de "Estratégias Sustentáveis para Inovação, Crescimento e Lucratividade".

Interessante que o tema Sustentabilidade vem evoluindo bastante nos últimos anos. Isso se reflete patentemente nas edições anteriores do ExpoManagement. Seja pela abordagem através do Tripple Bottom Line amplamente explicada por John Elkington, seja pelo foco da Vantagem Competitiva de Peter Senge, dois conceitos sem dúvida vinculados.

Além de Stuart Hart, abordaram o tema nesse ano, Fred Gelli, com um ponto de visão de Marca Sustentável e Michael Porter defendendo a Criação Compartilhada de Valor.

O mais importante e valioso é que já passamos da fase "Apocalíptica" alarmista e conscientizadora, estamos passando agora pela fase do Greenwashing, onde a maioria das empresas acaba adotando medidas cosméticas de sustentabilidade, proposital ou inocentemente, achando que apenas economizando energia elétrica, usando papel e outros recursos recicláveis e emitindo relatórios verdes dentro do padrão já se tornam empresas ecologicamente responsáveis e sustentáveis. O tom da conversa já evoluiu para a inclusão dos temas social e ambiental no ciclo de criação de valor e modelo de negócio. Quando esse conceito ficar mais nítido e totalmente compreendido pela maioria das empresas, principalmente as pequenas e médias, teremos de fato a 'Revolução Necessária' de Peter Senge.

O prof. Hart começou sua explanação falando dos desafios da Sustentabilidade que estão mudando os horizontes da Estratégia Corporativa. Criticou a atuação dos Governos em eventos como a Rio+20, citando a Economist: 
"A Globalização é dirigida pelo Oeste e imposta ao Resto (do Mundo)". 
"Os próximos 20 anos serão bem diferentes dos últimos 20", concluiu.

Segundo Hart, as empresas precisam engajar a Base da Pirâmide na atividade econômica. Até hoje fizemos as 'Estratégias Verdes', agora devemos partir para as 'Estratégias Além-do-Verde'. As Verdes trazem melhorias, as Além-Verde trarão ruptura e crescimento. 
Hoje a maioria dos produtos verdes é mais cara que os não-verdes. Por vezes as soluções trouxeram problemas maiores que os que tentavam resolver. As Estratégias Verdes focaram em tecnologias, as Além focarão na Base da Pirâmide. A inovação virá justamente da Base da Pirâmide, defendeu Hart. Ou seja, o aspecto Social será a Alavanca para o lado Ambiental. 

Esse "Salto Verde" é a convergência das Tecnologias Limpas com o modelo de negócio na Base da Pirâmide.

A 'Inovação Reversa' é um bom exemplo como isso pode ocorrer. Porém as primeiras iniciativas com a Base da Pirâmide não deram certo, porque achavam que bastava Vender mais barato: 
Necessidade não é igual a Demanda.
Preço Acessível não significa Compra.

Temos o mal hábito de querer saber tudo antes de tentar. Atender a Base da Pirâmide requer querer aprender e estar aberto à CocriaçãoHoje sabemos que o foco deve ser outro: não vender, e sim incluir economicamente. Como foi o caso do GrameenBank ,  GrameenPhone e as geladeiras populares ChotuKool na Índia.

Stuart Hart ficou conhecido ao escrever junto com C.K.Prahalad o artigo que deu origem ao famoso livro "A Riqueza na Base da Pirâmide".
Saiba mais sobre o palestrante no site dele.


Acompanhe a cobertura das demais palestras da ExpoManagement 2012 aqui.
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